Meu enterro foi simples. Como acreditavam em minha ressurreição, meus fiéis me enterraram com tábuas. Mas, ainda que eu não tenha permanecido fisicamente na Terra, meus ideais foram perpetuados por meu povo. Como testamento de sua força, continuaram lutando mesmo sem minha figura para guiá-los e apoiá-los.
Após a batalha, boa parte do povo voltou a viver como antes de minha chegada, e parecia que a causa da libertação do Contestado estava perdida. Um ano depois de minha morte, porém, formou-se uma nova irmandade em Taquaraçu, que logo atraiu fiéis que acreditavam em meu retorno. O governo investiu novamente, e novamente vencemos.
No início de 1914, veio nossa primeira derrota: uma força militar logrou destruir nosso acampamento em Taquaraçu. A perda não foi grande, porém: a maior parte de meu povo havia se refugiado em Caraguatá, onde eram liderados por uma jovem de 15 anos que mantinha contato comigo, mesmo morto. Por meio dela pregava a meu povo e curava os doentes. Assim, liderava a comunidade de mais de 6000 homens.
Em março de 1914 novas tropas do governo investiram, desta vez contra Caraguatá, esperançosos após a vitória em taquaraçu. Meu povo resistiu mais uma vez. Maria Rosa foi peça importante nessa e em outras batalhas, lutando bravamente e liderando os homens. Essa vitória rendeu a meus fiéis grande fama no interior e novos seguidores se juntaram a nossa causa.
Com cada vez mais homens, surgiram novas necessidades e então os cablocos começaram a invadir e saquear propriedades de coronéis, além de cartórios onde estariam os documentos de posse das terras que eram deles por direito.
O movimento estava mais forte do que nunca.
Fontes: O Contestado.com - http://www.alca-bloco.com.br/ocontestado/ ; Wikipédia - http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_do_Contestado
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